A TECNOLOGIA DIGITAL COMO AUXÍLIO NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
A TECNOLOGIA DIGITAL COMO
AUXÍLIO NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Por Elenice Murgana Pogogelski, 1824858
Polo – União da Vitória
Data 05/09/2017
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Acessórios
tecnológicos para deficientes visuais auxiliam no processo de inclusão em
ambiente escolar
No Brasil, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), as principais causas de cegueira são: catarata, glaucoma,
retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração macular. E segundo o
IBGE de 2010, também no Brasil, 528.624 pessoas são incapazes de enxergar
(cegos), 6.056.654 pessoas possuem baixa visão ou visão subnormal (com grande e
permanente dificuldade de enxergar) e 29 milhões de pessoas declaram possuir
dificuldade permanente de enxergar, mesmo com o uso de óculos. A OMS declara,
ainda, que no mundo há cerca de 40 a 45 milhões de pessoas que com cegueira e
135 milhões de pessoas com algum tipo de limitação visual. Com o intuito de
suprir essa incapacidade e auxiliar milhões de pessoas terem uma vida
independente e produtiva, a sul-coreana Samsung desenvolveu acessórios para o
Smartphone Galaxy Core Advance que é um aparelho, intermediário da marca, que
possui tendências em tecnologia de acessibilidade móvel para portadores de
deficiência visual ou com algum tipo de incapacidade na visão.
A companhia expandiu os recursos interativos
com três novas tecnologias: Voice Label (etiqueta de voz), Optical Scan Stand (pedestal
de leitura digital) e Ulrasonic Cover (capa ultrassônica).
O Voice Label é um recurso semelhante a uma
etiqueta de voz, que instrui os usuários sua localização em ambientes,
detectando a aproximação do usuário sobre os objetos marcados com as etiquetas
e os instruem reproduzindo um som automaticamente.
Optical Scan Stand se trata de um pedestal de
leitura digital que foi desenvolvido com um sistema de reconhecimento ótico de
caracteres que conectado ao Galaxy realiza a leitura de qualquer documento.
Ulrasonic Cover é a capa do aparelho Galaxy
que passa a funcionar como um radar que detecta obstáculos no caminho cerca de
dois metros de distância.
Pensando no bem-estar e inclusão de seus
alunos com deficiência visual, em sala de aula, uma escola de União da Vitória
adquiriu o equipamento. Com o auxílio e envolvimento de professores dedicados,
foi possível transformar o mesmo em ferramenta de trabalho. Este material
tecnológico vem suprindo as necessidades dos usuários e também dos professores
regentes de sala, que antes deste, sentiam dificuldades em fazer com que os
alunos acompanhassem os demais.
Após aquisição do equipamento foi possível
notar a evolução dos alunos no cotidiano escolar, possibilitando mais autonomia
no deslocamento, evitando vários riscos de quedas e outros problemas
decorrentes da falta de visão, uma melhoria significativa na socialização e
desempenho das atividades propostas.
O aparelho de celular juntamente com o
pedestal, pode ser utilizado em qualquer disciplina, visto que o mesmo é eficaz
na leitura de qualquer texto, desde que posicionado corretamente sobre ele.
Assim, o aluno pode realizar suas atividades com mais naturalidade, desde a
utilização do livro didático até a realização de provas avaliativas.
Um ponto negativo deste pedestal é o
deslocamento e mobilidade do mesmo. Na escola ele está em sala de aula, à
disposição do aluno e professor, mas caso o aluno queira adquirir um para si,
não seria nada prático carrega-lo para onde for.
Professoras, desta instituição de ensino,
afirmam que desta forma, sem precisar transcrever todos os textos e matérias
trabalhados com os alunos para o Braille, ficou mais fácil trabalhar conteúdos
propostos e ainda sobrou mais tempo para o planejamento e elaboração de outras
atividades extras e adaptações de materiais voltados para eles.
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