BRASIL ALFABETIZADO

BRASIL ALFABETIZADO
Por: Emanoelli Richter de Moura, 1270350
Polo – União da Vitória
Data: 12/09/2017
Fonte: Pitalev Iliva/ RIA NOVOSTI/AFP 

Segundo o site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o índice revela que 61,1% das pessoas do País com 15 anos ou mais e com algum tipo de deficiência não tem instrução ou possui apenas o ensino fundamental incompleto. 
Do total de pessoas, 7,5% das crianças com idade entre zero e 14 anos tem pelo menos um tipo de deficiência. E pensar no fato de que essas mesmas crianças podem estar fazendo parte da estatística de analfabetismo nos põe a pensar e nos faz tentar entender um pouco da realidade desses futuros jovens, que assim como eu e você são o futuro do nosso pais. É triste saber que a realidade de inclusão ainda não se faz 100 % realidade no meio social em que vivemos saber que uma determinada empresa demite seu funcionário de inclusão por não conseguir conviver com a maneira penosa em que ele realiza seu trabalho, nos mostra que incluir vai muito além do que disponibilizar um espaço físico, precisamos disponibilizar espaço primeiramente em nossa mente e entender que uma pessoa de inclusão pode desempenhar seu trabalho dentro da normalidade em que está acostumado a viver.
A ciência tem evoluído numa velocidade surpreendente, o desenvolvimento de materiais que podemos usufruir é enorme. Existem diversas opções, desde materiais de última geração e tecnologia de ponta como um software que é capaz de fazer uma releitura das palavras com áudio para as pessoas que possuem deficiência auditiva, materiais desenvolvidos que podem ser manipulados com apenas uma piscada de olhos ajudando aquelas pessoas que sofrem de algum tipo de paralisia, claro que muitos desses materiais tem um custo elevadíssimo, mas em contra partida existem aqueles materiais que foram desenvolvidos de uma maneira mais “sucateada” permitindo acesso para as pessoas menos favorecidas. Um exemplo interessante são os jogos que podem auxiliar crianças com deficiência física. Por causa da dificuldade de segurar o lápis, eles podem usar materiais adaptados e aprender a escrever com jogos feitos de tampinhas e cartões plastificados. O material permite ainda relacionar cores e quantidades.
  O professor em sala de aula precisa ter um “tato” a mais, precisa buscar maneiras de conhecer o seu aluno, primeiro precisa entender como esse aluno convive, saber um pouco sobre o meio em que ele está inserido, saber qual é a sua maior dificuldade, dessa forma o professor será capaz de trazer ferramentas e auxiliar de uma maneira completa seu aluno.
Na escola Pequenos Aprendizes a professora Emanoelli juntamente com a turma de 2ª Ano tem optado por uma aula dinâmica fazendo uso de tablets em sala de aula buscando interagir com seus alunos que possuem deficiência auditiva, disponibilizando jogos que auxiliam na alfabetização.
O computador e o tablet tem se mostrado um forte aliado para a alfabetização, através dessas ferramentas podemos facilitar o aprendizado, traduzindo para o nosso aluno que a alfabetização abre portas para o mundo. A tecnologia inclui, mostra durante o aprendizado do dia a dia que a mudança de alguns hábitos pode sim tornar a convivência um pouco mais leve, seja no seio familiar, no trabalho, com os amigos, enfim, ela introduz todos de uma maneira igualitária.
A escolha pelo uso do tablet se deu devido ao fácil acesso, por ter a opção de digitação e jogos que podem facilitar o aprendizado das crianças que talvez só tenham acesso a essa ferramenta na escola. A parte legal é que ela pode usar em todas as disciplinas, usando as letras, números, cores, capitais, regiões, enfim, pode aplicar qualquer atividade.
A educação é um direito de todos, saber ler e escrever é o mínimo que se pode oferecer dentro de uma sala de aula, mas sabemos muito bem que nossa realidade não se encaixa muito nisso.
 O Brasil pode até cumprir metas de alfabetização, mas esses números nunca vão representar a real situação da exclusão educacional e do analfabetismo no país. Sempre por trás dos números estão ocultas as atrocidades praticadas com a educação em relação aos seus aspectos qualitativos. O qualitativo é sacrificado em prol do quantitativo para se cumprir metas, para mostrar números aos organismos internacionais que fornecem recursos para a melhoria da educação em países subdesenvolvidos como o Brasil.
Hoje o professor tem um grande desafio, ensinar com qualidade, e isso exige tempo, disposição, abnegação, vai além de ensinar o ABC, trazer para sala de aula algo incomum, buscar alternativas que caminhe lado a lodo com a necessidade exigida pelo aluno de inclusão.
Um computador com internet pode substituir tranquilamente um professor que não exerça sua função pensando no qualitativo, atingir grande quantidade é fácil, ensinar com amor e ter a certeza que se o aluno for inserido em um meio profissional ele não terá medo de dar o seu melhor que é o diferencial.
Hoje você não vai preparar o aluno pensando a longo prazo, por que o mundo exige que as coisas aconteçam para o agora, A necessidade de pessoas capacitadas com qualidade é grande, mas só alcançaremos esse objetivo quando entendermos que a educação e alfabetização vai além dos 45 minutos de aulas ministradas, vai da disposição do professor em buscar atender o seu aluno de inclusão favorecendo o mesmo com milhares de oportunidades diferenciadas de aprendizado.


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